
Depois de ter publicado A forja do cinismo (vols I-O inquilino do poder, 2004 e II-Miasmas do poder e outras fragrâncias, 2006), José Pereira Gondim, 65 anos, cearense de Juazeiro do Norte/CE, farmacêutico diplomado pela Universidade Federal da Paraíba/UFPB, acaba de lançar o segundo volume de uma trilogia (Jesus e o Cristianismo). O primeiro volume ( Ciência, religião e política) foi lançado em 2009. Em setembro passado ele lançou o segundo (A construção do mito). Sobre este seu trabalho, o crítico William Costa, do jornal O Norte (João Pessoa-PB, 10.09.2010) assim se refere:
O comércio do pecado e do perdão, praticado pela Igreja Católica, com claras alusões às práticas populistas atuais do presidente Luis Inácio Lula da Silva, é o tema central do segundo volume da trilogia Jesus e o Cristianismo (Editora Autor Associado), iniciada com Ciência, Religião e Política, e abordando, agora, A Construção do Mito, cujo lançamento acontece, hoje, às 18h, em O Sebo Cultural, na Avenida Tabjaras, 848, Centro, dentro do projeto Sextas Literárias - Perfumando a Palavra. O autor da obra é o farmacêutico bioquímico, industrial e escritor paraibano José Pereira Gondim, que volta a questionar, em exatas 512 páginas, a existência histórica de Jesus Cristo, e a criticar duramente as práticas nada ortodoxas da Igreja Católica. O cerne do novo livro de José Gondim pode estar na contradição, citada pelo autor, entre o pregador dominicano João Tétzel (que tornou-se famoso por vender indulgências, inclusive, uma que "dava direito antecipado de pecar") e o publicista católico João de Boneffon. Enquanto Tétzel, tal qual o vendedor de rua, apregoava: "Vinde e eu vos darei cartas munidas de selos, pelas quais todos os vossos pecados vos serão perdoados, mesmo os que desejais cometer no futuro", Bonnefon contraatacava em La Raison: "A prostituição regulamentada é uma instituição católica. Os Papas, soberanos temporais, soberanos espirituais, fomentaram práticamente o desenvolvimento legal de prostituição. O primeiro lupanar pontifical foi estabelecido por Bento IX". José Gondim afirma que não é necessário ser teólogo, pesquisador de fama internacional, ou renomado estudioso do assunto, para constatar a obviedade deste absurdo. "Basta apenas ter a cabeça em cima dos ombros, que a dúvida surge, através de uma interrogação perversa, mas de uma lógica inquestionável. Se a culpa é perdoada pelo dinheiro, afinal de contas, por que se afirma que Jesus Cristo, o mito maior da cristandade, morreu na cruz para salvar os pecados da humanidade? Por que, afinal? Se Tétzel e a própria Igreja Católica deixam claro que o dinheiro compra o perdão dos pecados, por que esse sofrimento em vão? Dái a César o que é dele, mas, nesse caso, fica difícil acreditar, mesmo dispondo de toda fé do mundo, é custoso aceitar isso como verdade", questiona incessantemente o autor de Jesus e o Cristianismo. Jesus e o Cristianismo é resultado de dez anos de pesquisas e análises empreendidas por José Gondim, tendo como focos centrais o comportamento dos indivíduos envolvidos na trama bíblica e o estudo comparativo de textos antigos e atuais. No primeiro volume da série Jesus e o Cristianismo - Ciência, Religião e Política (536 páginas), o autor questiona a existência de Cristo, alegando um motivo muito simples: a total inexistência de registros históricos sobre a presença de Jesus, na Terra.O que existe, segundo o autor, são registros cristãos, ou seja, a história contada pela Igreja Católica. "Os cronistas da época não mencionam Jesus", disse ele, em entrevista, por ocasião do lançamento do primeiro volume da trilogia. A dúvida sobre a existência de deus é expressão por ele com a seguinte questão: "Como um ser perfeito criaria um mundo imperfeito? Como sendo bom, deus permitiria tanto mal?"

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