FESTA DA PADROEIRA DO
BRASIL
Neste
domingo em que aqui no Brasil se celebra a festividade solene em honra de sua
padroeira, o olhar da Igreja e o nosso voltam-se espontânea e naturalmente para
a figura singular da bem-aventurada sempre virgem Maria, mãe de nosso Deus e
senhora e mãe nossa.
Se
a Escritura divinamente inspirada não nos diz tanta coisa sobre Maria, diz-nos
todavia o bastante para nos convencermos, sem experimentar grandes
dificuldades, que ela, no plano de salvação levado a cabo por seu Filho, ocupa
um lugar destacadíssimo, absolutamente único, razão pela qual a Igreja, a quem
Cristo confiou a missão de difundir pelo mundo a verdadeira fé, graças a qual
se salva o ser humano, presta-lhe um especial culto de veneração, inferior ao
que somente a Deus é devido, mas superior ao que é prestado aos santos.
Por
ocasião da celebração do Concílio de Éfeso, ocorrido no já distante ano de 431,
Maria foi solenemente proclamada e aclamada como verdadeira mãe de Deus. Atendo-se
firmemente as afirmações categóricas contidas em textos inspirados do Novo
Testamento, os padres conciliares fixaram a doutrina que ainda hoje é seguida
pela Igreja acerca de Maria.
Criatura
sim e não deusa, confessa a fé da Igreja católica fundada sobre a profissão de
fé do apóstolo Pedro e que tem a Cristo como pedra angular, desde os tempos
mais antigos, mas criatura privilegiada na ordem da graça sobrenatural em
virtude da missão para a qual Deus desde sempre a destinou.
Está
acima de todas as criaturas visíveis e invisíveis aquela em cujo seio
santificado o eterno Filho de Deus Pai desposou a nossa natureza humana decaída
em Adão para redimi-la. Eleva-se por cima de todos os mortais a mulher a quem o
Arcanjo Gabriel saudou como cheia de graça e que obteve o favor da Divindade
numa medida que jamais tinha sido concedida a criatura alguma antes dela e nem
seria depois.
Foi
através do sim desta mulher que o eterno entrou no tempo, que o único imortal
assumiu nossa mortalidade para destruir por sua morte a nossa morte, que aquele
que nasceu do Pai antes de todos os séculos, nasceu no tempo dela para nos
salvar.
Nós,
cristãos católicos, de muito bom grado reconhecemos e confessamos que tudo
quanto se diga daquela a quem a Igreja nunca deixou de exaltar e invocar com
filial confiança, cantando-lhe as admiráveis prerrogativas que lhe foram por
Deus concedidas, fica muito abaixo de sua incomparável dignidade.
Mãe
do Filho eterno de Deus feito homem no seu seio para a salvação do gênero humano
pelo poder do Espírito Santo, e por isso mesmo dita mãe de Deus, Maria pode
ajudar aqueles que a invocam com confiança. Ela, que obteve do seu dileto filho
seu primeiro milagre, por meio do qual manifestou aos seus, a sua inefável
glória de “Verbo que no início estava junto de Deus e era Deus”(Jo 1, 1) já
glorificada em corpo e alma no céu e inteiramente unida as três divinas
pessoas, continua a ajudar com sua poderosa e materna intercessão o povo que
caminha debaixo de sua valiosa proteção para os resplendores da celeste pátria.
Postado por Tereza Neuma Macedo Marques
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