quinta-feira, 26 de junho de 2025

EXPO CRATO : um palco liberado para artistas locais após polemica

Após uma forte repercussão nas redes sociais, foi liberada a participação de músicos em bares da Expocrato. O anúncio foi feito pelo prefeito do Crato, André Barreto (PT) e do vice Leitão (PSB).
“Depois de uma reunião produtiva, tomamos uma decisão que equilibra cultura e responsabilidade: os músicos terão seu espaço garantido nas apresentações, desde que os empreendimentos cumpram os pré-requisitos exigidos para o bem-estar animal e a segurança de todos, disse André. A determinação permite as apresentações com o limite máximo de 50 décibeis de emissão sonora. A proibição havia sido tomada pela Associação dos Criadores do Cariri com o objetivo de reduzir a poluição sonora nas áreas próximas aos pavilhões, promovendo o bem-estar animal. fonte: nocariritem.com.br A polemica: A decisão da Associação dos Criadores de Ovinos e Caprinos do Cariri (ACOOA) de proibir a apresentação de bandas com música ao vivo nas barracas da Expocrato pegou de surpresa comerciantes e artistas da região. Segundo informações, a justificativa seria o volume alto do som que estaria incomodando criadores de animais no espaço da feira agropecuária. Mas a pergunta que se faz é: por que apenas as barracas com artistas locais foram atingidas, enquanto o palco principal do evento — que possui estrutura muito maior de som — continua autorizado a funcionar até altas horas da madrugada, inclusive incomodando bairros vizinhos? Para muitos barraqueiros, a decisão representa um golpe direto no faturamento durante o período da feira. “A música ao vivo sempre atraiu mais gente para os nossos espaços. É uma tradição que movimenta a economia local e fortalece os artistas da região”, desabafa um comerciante que preferiu não se identificar. Músicos também estão revoltados. Para muitos deles, a Expocrato é uma das únicas oportunidades do ano para ganhar visibilidade e renda. Com a proibição, dezenas de artistas que costumavam se apresentar nas barracas ficam sem espaço e sem cachê. “Essa medida marginaliza a cultura local e enfraquece a identidade do evento”, afirmou um cantor popular da região. Outro ponto que tem gerado questionamento é a ausência de diálogo com os envolvidos. A medida foi tomada sem consulta prévia aos barraqueiros ou representantes da classe artística. “Não seria mais viável estipular horários-limite para as apresentações? Assim, o bem-estar dos animais seria respeitado e, ao mesmo tempo, manteríamos a tradição cultural e a movimentação econômica”, sugerem comerciantes afetados. A decisão da ACOOA, além de enfraquecer o papel cultural da Expocrato, levanta um debate importante sobre quem realmente se beneficia com o evento e quem está sendo excluído. Afinal, qual Expocrato se quer construir? Um evento democrático, que valorize a cultura e o povo da terra, ou uma festa cada vez mais elitizada e restrita aos grandes palcos e interesses comerciais? fonte: Crato-amado

Nenhum comentário: