29º DOMINGO DO TEMPO
COMUM
Texto bíblico: Lc 18, 1 –
8
Data: 19 de outubro
Dom Samuel, OSB
“Jesus
lhes disse (aos discípulos) uma parábola sobre a necessidade que tinham de
rezar constantemente e não desanimar”. (Lc, cap. 18, v. 1)
Notai,
fieis, que o Senhor não se limitou a dizer que era preciso rezar, senão que
falou em rezar constantemente, querendo assim nos mostrar que nada é tão
necessário como a oração e que em comparação com ela, tudo o mais há de ter-se
na conta de coisa secundária e de somenos importância.
Para
nos santificarmos, precisamos rezar constantemente e não desanimar, para
obtermos de Deus as graças de que mais necessitamos, para triunfarmos na luta
diuturna contra nossos três grandes adversários que são a carne, o demônio e o
mundo, para progredirmos no caminho estreito da salvação, enfim, para
alcançarmos o porto bonançoso da eterna felicidade para a qual Deus nos criou
precisamos não apenas orar, mas fazê-lo constantemente e não desanimar.
Com
base pois, nas palavras do Senhor Jesus, apenas orar não é suficiente. Temos de
orar constantemente, inclusive para não desanimar, pois devido as severas e das
exigências radicais da vida cristã, se não orarmos constantemente, como Jesus
recomendou que o fizéssemos, chegará uma hora em que seremos tomados pelo
desânimo. Orar é essencial a salvação, de tal modo que “quem reza se salva e
quem não reza se condena”.
Sem
que cultivemos uma intensa vida de oração, da qual dependem nada menos que
nossa santificação e nossa salvação eterna, como nos manteremos de pé em meio a
tantos perigos que estão por toda parte e nos rodeiam o tempo todo? Sem que
oremos, onde encontraremos força para fazer frente aos nossos inimigos
invisíveis? Onde força para nos levantarmos depois da queda?
Acrescente-se
ainda que sem a oração, um dos principais alimentos de que deve nutrir-se a fé,
esta definha até se extinguir por completo. Quem salvou-se o conseguiu graças a
oração e quem perdeu-se, ou não orou de modo nenhum, ou seguramente é que orou
menos do que devia.
Não
nos descuidemos, pois, da oração, sem a ajuda da qual ninguém se santifica nem
se salva. Se queremos, por um lado chegar ao reino da eterna glória, e por
outro, evitar ser privados da companhia de Deus para sempre, é preciso orar
constantemente e não desanimar.
Orar
é o segredo para uma vida feliz, o segredo para uma vida saudável e o segredo
para uma vida santa. Procuremos, pois, com a ajuda daquele que sempre está
disposto a nos ajudar, reservar uma parcela de tempo diário para estarmos a sós
com quem deseja habitar em nós.Se os profetas oraram, se os apóstolos oraram,
se o próprio Jesus orou, quem houve, há ou haverá que não necessite orar?
Repetindo o divino mestre, o apóstolo Paulo nos exorta: “Orai sem cessar”. Se
queremos nos santificar, se queremos nos salvar, se é nosso desejo nos
tornarmos homens e mulheres de Deus, cheios da graça e das virtudes,
apliquemo-nos a oração, e não desanimemos, haja o que houver. E para que não nos
falte estímulos para orar, eis o que lemos acerca de quem exortou-nos vivamente
a que orássemos: “Naqueles dias, Jesus foi a montanha para orar e passou a
noite inteira orando a Deus” (Lc 6, 12) “Enquanto rezava, o aspecto do seu
rosto mudou” (Lc 9, 29) “Um dia, ele estava num lugar em oração” (Lc 11, 1)
“Tomado de angústia, ele rezava mais instantemente” (Lc 22, 44)
A
mesma recomendação encontramos sobre este ponto nos escritos dos apóstolos: “Pacientes
na tribulação, perseverantes na oração” (Rm 12, 12) “Perseverai na oração”. (1
Cor 7, 5) “Está alguém entre vós aflito? Ore”! (Tg 5, 13)
Bons
cristãos e boas cristãs seremos se formos homens e mulheres de oração!
Postado por Tereza Neuma Macedo Marques
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