domingo, 28 de setembro de 2025

 

26º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Texto bíblico: Lc 16, 19 – 31 (A parábola do rico e do pobre Lázaro)

Data: 28 de setembro

Dom Samuel OSB

Prezados fiéis que acessam este portal. Saudações no Senhor!

 Se a passagem evangélica deste domingo proposta à nossa consideração é apenas uma parábola contada pelo Senhor Jesus para ilustrar uma verdade de fé ou se de fato existiram um certo rico e um pobre que se chamou Lázaro não tem isso importância alguma. Já quanto ao ensinamento contido nas palavras que Jesus pronunciou um dia, é bem outra coisa.

Jesus nos diz que um certo homem rico que se vestia de púrpura e linho fino, o qual fazia diariamente esplêndidos banquetes morreu, do mesmo modo que um mendigo que se chamava Lázaro. Ambos morreram e ambos foram sepultados! O destino pós-morte, todavia, de um e outro foi bem diferente e é isso que devemos considerar não apenas, com atenção, mas também com temor.

Do pobre que no mundo jazia coberto de úlceras na entrada da casa do rico disse Jesus que foi levado para um lugar de honra junto de Abraão, ao passo que o rico foi ao encontro das torturas na morada dos mortos.

O senhor Jesus nos ensina claramente que há algo para além da morte; que alguém, ao expirar, não mergulha no nada absoluto como pensam alguns, retornando ao nada de onde teria sido tirado. Mostra-nos ainda que todos nós nos dirigimos ou para um lugar de honra junto de Abraão, ou para um lugar de tormento (Lc 16, 28).

Para todos que vivemos neste mundo, fatalmente soará uma hora em que teremos de deixa-lo, assim como a tudo que tivermos obtido e conquistado. Tal hora, não sabemos quando será, embora saibamos que virá. E a pergunta que todos devemos fazer a nós mesmos, não sem temor e tremor, é a seguinte: e para onde irá nossa alma imortal depois que cessarem as batidas de nosso coração, depois que os nossos olhos se fecharem para sempre à luz desta vida mortal?

Uma coisa é certa e disto não me é permitido ter qualquer dúvida: ou eu irei para um lugar de honra e refrigério como sucedeu ao pobre Lázaro, ou de encontro às torturas, como aconteceu ao rico.  Um destes dois destinos, radicalmente distintos um do outro, caberá a ti como a mim depois que nossa alma abandonar nosso corpo por ocasião da morte.

Se esta vida é breve – e não foi sem razão que o apóstolo Tiago a comparou a um vapor que aparece por um pouco de tempo e logo depois se desvanece – a morte nunca está distante de quem quer que seja. A morte poderá vir a qualquer momento.

A depender da vida que levarmos neste mundo, a depender de nossas escolhas e do bem ou do mal que tivermos feito, tocar-nos-á depois da nossa morte ou o refrigério junto de Deus, a vida eterna, a paz definitiva, o bem imutável, ou as torturas, cuja realidade tremenda e terrível Jesus nos dá a conhecer por meio da passagem bíblica deste domingo.

Deus nos disse tanto o que é preciso fazer para chegarmos ao céu como o que não se há de fazer para não se ir ao inferno. A escolha é nossa e ele não nos dará senão o que nós mesmos tivermos livremente escolhido. Está em nossas mãos e apenas em nós o poder de decidir neste mundo e nesta vida o que queremos ser para sempre e onde e junto de quem iremos morar por toda a eternidade. Assista-nos Deus com a sua graça para que façamos a escolha certa.

 Postado por Tereza Neuma Macedo Marques

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