QUARTO DOMINGO DA PÁSCOA
Texto bíblico: Jo 10, 27 – 30
Data: 11 de Maio
As
palavras do Senhor dão-nos o ensejo de falar acerca do inefável mistério de sua
divindade, na qual cremos pela fé.
Como
é possível, poderia alguém perguntar, o Pai e o Filho serem um, se os nomes Pai
e Filho, sendo distintos, sugerem não um, mas dois? Aqui, se há de ter muito
cuidado para não se cair em erro, crendo de modo errado ou pensando algo
indigno de Deus, o que seria bem pior.
São
dois e são um, eis no que devemos crer com fé firme e católica. São dois porque
uma é a pessoa do Pai que gerou e outra distinta a do filho que foi gerado pelo
pai, mas são um porque ambos são o único Deus verdadeiro; são dois porque há de
fato no seio da única e suprema divindade as pessoas do Pai que tem um Filho e
de um filho que tem um pai, mas são um por causa do mistério da única natureza
divina, da única essência eterna que subsiste em três pessoas realmente distintas, o Pai, o Filho
e o Espírito dos dois. Embora uma seja a pessoa do Pai, uma a do filho e outra
a do Espírito Santo, os três não são mais do que o único e verdadeiro Deus.
O
Filho disse: “Quem me vê, vê o Pai, tudo o que o Pai faz o Filho o faz
igualmente, o Pai está em mim e eu no Pai, tudo o que o Pai tem é meu.”
Jesus
disse “eu e o pai somos um” porque os dois são o único e verdadeiro Deus, não
havendo nenhum outro fora dele. Ele e o Pai são um, porque são eternos e
imutáveis. Ele e o pai são um porque criaram conjuntamente e conservam o mundo.
Assim pois, tudo que a fé atribui ao Pai
deve-se e pode-se atribuir a pessoa do filho, exceto o ser pai que só convém a
pessoa do Pai.
Jesus
disse em certa ocasião: “Pai, glorifica-me junto de ti com a glória que eu
tinha junto de ti antes que o mundo existisse.” E por que o disse, senão porque
ele e o Pai são um? Disse ainda: Antes que Abraão fosse, eu sou. Não o teria
dito se ele e o Pai não fossem um.
Na
impossibilidade de compreendermos de modo pleno tão subido mistério, isto é, em
que sentido e de que modo Pai e Filho são dois e um só, adoremos o mistério que
nos foi revelado, para que um dia
seja-nos concedido contemplá-lo na visão do Deus único e verdadeiro a quem a
glória, o poder a majestade e a realeza agora e para sempre. Amém.
Postado por Tereza Neuma Macedo Marques
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